O programa social que alguns especialistas da mídia e estudiosos da sociologia da elite brasileira rotularam de eleitoreiro, bolsa esmola e bolsa preguiça completou 10 anos de sucesso.
10 anos de sucesso e 10 anos de preconceito.
É inimaginável que, em um país onde apenas uma minoria tem acesso a oportunidades de estudo e privilégios, esta mesma minoria, hoje formada, trate um programa social que beneficia milhões de pessoas que não tiveram - e nem tem - essa mesma oportunidade como uma "bolsa esmola".
É egoísmo, muita maldade, má-fé e antipatriotismo. Veja bem: se você passa anos estudando, se forma, profissionaliza-se e ao final de tudo tem uma "visão assim do Brasil", desculpe-me, mas é preferível que vivesse a vida eterna no analfabetismo.
Eu não sou desumano a esse ponto. E não sou rico, mas se fosse, eu ia preferir dá "exemplos" e não "chicote" - menos ainda em quem já é chicoteado pela vida.
A melhor definição que se pode dá deste programa para pessoas que apenas o enxergam pelo viés político é a que descreveu o Afonso Sepulveda em seu post no Medium. Ele disse:
"(...) Talvez, o que irrita tantos sobre Bolsa Família é que o programa dá a chance do beneficiado usar o dinheiro do auxílio da forma que bem entender, comprando o produto que bem quiser (...) Não se surpreenda. Pessoas carentes (uma palavra que, nós, classe média, adoramos usar para aliviar culpa) também fazem parte da sociedade de consumo e provavelmente gostariam de ter mais poder de aquisição. É aí que programas como o Bolsa Família atuam: eles reduzem os efeitos da falta de oportunidades que são negadas aos que estão fora da bolha."
Afonso Sepulveda é jovem e não é um esquerdista. É apenas uma pessoa coerente. Ele enxerga o óbvio e o fundamental. Em seu post, ao tentar convencer seus parentes e familiares apoiadores da Direita sobre esse programa social, ele faz mais ainda: mostra que enxerga o Brasil real.
Veja o que disse também sobre as cotas universitárias para negros: "(...)É muito fácil falar sobre meritocracia na educação quando seu filho, branco, nunca perdeu um emprego ou foi vítima de preconceito racial ou nunca precisou estudar em um colégio público de ensino de má qualidade. Por isso, precisamos de cotas e elas não vão fazer seu filho ter menos oportunidades na vida. Quem sabe um dia, sem o racismo e falta de ensino de qualidade para instituições públicas, possamos viver em uma meritocracia nos vestibulares."
Afonso sabe, assim como eu sei, que o Brasil é muito maior que as grades do muro de sua casa ou de sua empresa.
Ele não tem essa visão míope do país. E, sinceramente, nós não precisamos ser esquerdistas ou gostar do PT para ver e entender que há milhões de pessoas ainda necessitadas no Brasil. Basta sermos "humano", ter bom senso e, principalmente, não ser um anti-brasileiro.
3 Comentários:
por que eu perdi meu bolça familia se eu tenho 3 filhos de menor que estuda e eu moro sozinha
eu sou uma mae desempregada e estava recebendo o bolsa familia mas a dois meses o governo nao deposita o dinheiro e estamos vivendo de ajuda dos outros eu ja fui procurar saber por que nao depositam o dinhero mas so ficam me mandadando ir de um lado para o outro e nao resolvem nada eu tenho um filho de 5 anos pra cuidar e fasem isso com a gente sem nem da uma esplicassao isto e completamente injusto com as maes q estao desempregadas que pais e esse viu da ate vergonha de ser brasileiro
tenho uma filha de 10 anos que sempre estudou em escola publica e nunca recebi bolsa familia gostaria de saber o por que e o que devo fazer para receber já agradeço muito obrigada pela atenção meu nome maristela souza campo grande rio de janeiro rj escola B
eijamim franklim.
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