Morar só e ser o dono do próprio nariz

O assunto ainda está em voga e vale para todos os jovens: homens e mulheres. Segue abaixo o depoimento de três pessoas que decidiram morar só e hoje vivem muito bem. Todos estão felizes e fazem questão de dizer em alto e bom som como é esta vida e como não trocam esse estilo de vida por nada.

É o que sempre digo: estar só ou morar só não significa necessariamente ser solitário ou estar infeliz. É mais uma questão de autovalorização da sua individualidade. A verdade é que nunca estará - ou se sentirá - sozinho (ou sozinha) aquela pessoa que gosta de si mesma e de sua propria companhia.

Dona do próprio nariz

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Milena Marques: micro-empresária de produções culturais, 39 anos, mora sozinha há três anos. Viveu os anos da faculdade em uma república no interior de São Paulo e depois voltou para a casa dos pais na capital paulista: "Quase enlouqueci, porque já tinha minha individualidade e não queria mais ter que seguir regras da família." Dividiu, então, um apartamento com uma amiga durante um ano e meio, até comprar um cantinho com a ajuda da família. Para Milena, o lado bom e, ao mesmo tempo ruim de morar só, é ser responsável por tudo, do conserto do chuveiro até os cuidados com a gata. Ela confessa que tem horas que a solidão bate, mas que isso também acontecia mesmo morando com outras pessoas. Nos últimos anos, nenhum relacionamento foi o forte o suficiente para que mudasse seu estilo de vida: "Tinha que ter sido muito mais especial do que o que eu tenho estando sozinha. Tenho mais tempo e espaço para decidir o que quero fazer, sem precisar atender ninguém."

Autonomia é = + criatividade
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Fabio Almeida, produtor de vídeos, morou até os 30 anos com a família, até ir para Londres, onde passou dois anos cuidando da própria vida. Quando voltou para o país, nem pensou duas vezes. "Queria montar uma casa onde pudesse deixar meus materiais de desenho sempre à mão e pudesse desenhar na parede quando quisesse. Queria ter uma decoração com cara de quem acabou de chegar ou vai sair, sem precisar contemplar os gostos de outra pessoa." Mas isso não representava para ele se afastar de ninguém. Pelo contrário, encontrou um apartamento perto de onde moram os amigos e com fácil acesso aos lugares aonde gosta de ir. De vida social intensa e bom relacionamento com a família, Fabio já mora há cinco anos sozinho e diz que quando está em casa é porque precisa. "Aqui é meu refúgio, onde recarrego a bateria. Encontrei alguém, com quem estou há dois anos, que mora perto e concorda que o relacionamento funciona bem com cada um tendo o seu próprio refúgio." E é assim que ele prefere que continue sendo.

Amadurecer é bom com + liberdade
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Aide Torres, pesquisadora de marketing, 48 anos, já foi casada durante dez anos, depois morou somente com o filho – que hoje está na faculdade – e, mais tarde, com amigas. Há dois anos e meio encontrou um apartamento que pode manter só para si. Não vê desvantagem em viver só. "Claro que existem ganhos na convivência e na troca, quando se tem mais gente na casa. Mas não sou solitária por morar sozinha. Recebo gente e saio bastante." Para Aide, o tempo de morar junto com outras pessoas já passou. Ela acredita que estar só consigo mesma e se sentir bem é uma vitória: "Tem gente que não consegue isso, mas, no meu caso, é importante para manter o equilíbrio." Os planos com o namorado são de compartilhar uma casa de fim de semana, mas manter o esquema do cotidiano como é hoje. "Ter aquele monte de compromissos ao morar com marido ou filho pesou para mim. Gosto de encontrar as coisas do jeito que deixei. De ter liberdade de fazer o que quiser."

Então é isso aí! Sejam felizes! :-)

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