A pressão que os pais exercem sobre os filhos adolescentes para que eles sigam determinada carreira pode trazer consequencias graves para os jovens a curto prazo e, pior, posteriormente, para toda a sociedade. Os próprios pais admitem que depois de imporem e da "opção feita" eles torcer para que a escolha tenha sido a melhor possível. Entretanto, nem sempre é isso que acontece.
Para que exista um crescimento saudável de um individuo é ele quem deve tomar suas próprias escolhas. É comum ouvirmos pais dizerem que, quando seus filhos são pequenos, "ele vai ser médico", "ele vai ser governador", "vai ser advogado", etc, como se, desde cedo, já estabelecessem o destino profissional de sua criança. Caso a opção de trabalho dos filhos seja feita pelos pais (e não pelos filhos como deve ser), e esta opção não atenda a necessidade dos filhos, isso pode acarretar em um desgaste em casa. O adolescente pode se sentir desgastado, e a partir daí não ser um bom profissional. Isto porque o jovem pode até se realizar financeiramente, mas como pessoa, estará incompleto.
Como o ser humano hoje é cobrado para ser algo completo, o profissional e o pessoal tem que andar juntos. Hoje, já não basta apenas o sucesso financeiro, é preciso ser feliz no trabalho, e "com o trabalho".
Muitas mães, que tem filhas bonitas, por exemplo, forçam-nas a seguir a carreira de modelos, por causa do estereótipo formado sobre a beleza e a aparência. O corpo de fada e a beleza eterna acabam atraindo a mãe a buscar aquilo para a filha. O mesmo acontece com os homens. Muitos deles, quando mais novos, sonham em ser jogador de futebol por causa da aparência, da farra e do glamour dos atletas, sempre com belas mulheres e carrões.
A solução para o problema é respeitar as escolhas dos filhos. É deixá-los perceber sozinhos se fizeram ou não uma boa escolha (se for o caso), e deixá-los decidir novamente por outra guinada na vida. Um diálogo franco e aberto ajuda. Pais devem sempre ficar atentos às necessidades dos filhos, e apoiá-los, mas nunca, em momento algum, decidir sobre a vida profissional deles. É preciso respeitar sua individualidade, e suas escolhas.
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