Diz o dito popular que "quem sabe perder, sabe ganhar" ou "quem sabe como perder, sabe como ganhar". Bom, ninguem contesta o ditado, e é uma verdade que a maioria das pessoas não está preparada para perder algo na vida. De 100 pessoas, 90 admitem que não sabe perder e nem interpreta bem as derrotas, mas, é superimportante saber aceitar as perdas, e até não se deixar abater por elas. Só assim será possível superar tudo mais adiante.
Para algumas pessoas, "perder" pode ser o fim de seu relacionamento, a morte de um parente, o adeus à o emprego dos sonhos, uma prova importante em que foi reprovada(o), o rompimento de um maravilhoso casamento, uma desilusão profunda, etc. Como feridas abertas, à espera de serem cicatrizadas, esses episódios costumam desnortear quem passa por eles.
Nesta área, a falta de preparo das pessoas é tão critica que pode acontecer dois extremos; ou a pessoa é estimulada a 'seguir a vida' a qualquer preço, reprimindo a dor, ou pode se entregar ao sofrimento, manifestando até um adoecimento e um quadro de grande depressão.
Segundo um estudo do inglês John Bolwby, a quem tive acesso, a depressão ou o luto possui quatro fases (veja aqui), porém, em casos assim não existe o certo ou errado. O que há é uma reação da pessoa ao episódio. Um comportamento que surge, emerge e que cada um reage como interpreta. Alguns enfrentam a situação, outros não, se entregam e desabam.
É difícil, mas, a perda de alguem que amamos, pode até ser mais bem aceita pela pessoa se for trabalhada a idéia de que o sofrimento existe de fato - não se deve fugir dele ou negá-lo -, que pode e deve ser vivenciado.
Experimentar uma grande tristeza permite que a dor venha, chegue, diminua, e cresça dentro de nós, diminua novamente, mas, principalmente, mude, e se transforme. E depois, já conhecida no intimo, faça com que a pessoa entenda que já não há mais essa "ameaça". Até que ela suma no tempo. No tempo de cada um.
1 Comentários:
Muito importante este post, querido Neto!! Saber perder deveria ser um exercício desde a infância. As perdas se sucedem em nossas vidas, desde a perda física, que pode ser de objetos ou pessoas, ou mesmo a perda de idéias, objetivos. Tudo constitui em um processo que pode ser chamado de luto. O que acontece em nossa contemporaneidade é a falácia de parecer feliz. Como se o que sempre foi natural (como sofrer, entristecer-se) acabasse por ser uma doença e, então tratada na base de remédios. Vamos nos permitir sentir essas dores - dores na alma (ou psique), dores que nos fazem crescer e renascer para novos sentidos de viver.
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