O PSDB, a falsa mídia e o enredo de um golpe de estado

Antes de continuar a leitura abaixo gostaria que vocês lessem o artigo de Paulo Moreira Leite no site de Época; "Quem não tem voto caça com Valério". Só o que ele disse lá justifica o interesse da oposição e da mídia em querer incriminar o ex-presidente Lula com o tal "domínio do fato", uma norma alemã utilizada como "exceção" pelos juízes do STF no caso mensalão. E nem quero falar da conhecida e esquecida "presunção de inocência" (real direito dos acusados) tão alardeado e enfatizado pelo Gilmar Mendes, quando, por duas vezes e de forma tão rápida, liberou dois habeas corpus para o mafioso Daniel Dantas, este sim, pego em flagrante real de crime. No mensalão, não houve "presunção de inocência" aos réus.

Só a atitude de Mendes já indica que, para os bandidos e amigos, o crime compensa. Para os outros, não.

    

Sobre a eleição, eu, particularmente, vejo que a esperança do PSDB e dos partidos de oposição em voltar a ganhar uma eleição não está e nem é exatamente o senador Aécio Neves - embora Aécio, no meu modo de entender, tenha necessariamente condição para isso e, igualmente, tenha ainda uma outra responsabilidade maior, que é a de fazer os caciques de seu partido mudarem os seus retrógrados pensamentos. Os tucanos, acredito, se quiserem ganhar uma eleição nesse país, precisam apresentar um projeto para o Brasil, mudar o discurso e se aproximar verdadeiramente do povo. Porén, precisam se aproximar honestamente, sem fingimentos, pois o povo não é bobo.

Os tucanos precisariam, também, se afastar desse "ódio de classe" alimentado pelos coronéis reacionários que hoje estão na mídia (em alguns setores da imprensa) querendo derrubar e destruir politicamente o Lula. É necessário que os psdebistas e os partidos de oposição aceitem e até endossem tudo o que este governo petista fez pelo povo brasileiro e pelo país. Afinal, a mudança social, o avanço do Brasil, o respeito que o país auferiu no cenário internacional através da política adotada pelo PT, não pode nunca ser desprezada ou ignorada por eles - e nem mesmo pelos barões midiáticos e pelos rancorosos conservadores cujas ideias e cabeça ainda continua lá, no ano de "1964".

Esta grande mudança social na vida de milhões de brasileiros, nunca antes vista na história de tantas nações, não pode ser negada ou distorcida pelos partidos de direita ou pela oposição. Tem que ser sempre aplaudida e incentivada.

Os amantes da ditadura e os coronéis conservadores e reacionários, que hoje se encontram em redação de revistas como a Veja e em jornais como Folha SP, Estadão e Globo, são os mesmos que mandaram aqui por anos e monopolizavam tudo, e são os mesmos que, no passado, nunca quiseram o bem de milhões de pobres brasileiros ("pobre viajar de avião é um horror!", "pobre tem que ser somente empregado" )... Eles só querem o "bem" apenas para si mesmos ou aos seus amigos - e se estes últimos, obviamente, lhes forem conveniente ou obedientes.

Em verdade, esses senhores que se autointitulam doutores e sábios, não querem uma democracia que vá contra suas opiniões e interesses. Querem continuar a concentração de renda no país como sempre fizeram e não aceitam serem criticados, pois em suas arrogância e prepotência, eles são os próprios deuses na terra, que estão "sempre certos". Se houver criticas à seus pensamentos e opiniões, então o crítico deve ser punido na justiça e, principalmente, se for com um atual STF como esse aí.

Verdadeiramente, todos sabemos que isso não é democracia. É a volta do regime de autoritarismo, do totalitarismo e da ditadura. É a volta do regime de "eu mando, tú obedece". Da ditadura velada que sempre foi observada na "Casa Grande e Senzala". 

Enquanto o país continuar assistindo e gostando dessa "novela" e continuar aceitando este "ódio de classes" que é incentivado por esses doutos senhores, o Brasil não prosperará e nem avançará como deve socialmente. E também não fará os debates e as reformas necessárias para que se engrandeça ainda mais como nação.

Para terminar, aviso que este país só será um país mais justo e melhor, quando definitivamente eliminarmos da sociedade, o câncer: esse pensamento retrógrado desses antigos e influentes coronéis, cuja cabeça ainda está no golpe militar de 1964. Estamos em 2012 e logo será 2013. Não há mais tempo e nem razões para (e nem o povo irá aceitar) golpes de estado.