Informações privilegiadas: para quem?

Alguns órgãos da imprensa noticiaram conversas telefônicas gravadas pela PF que mostraram que um servidor do planalto, reportado ao presidente do Senado, José Sarney, usava contatos seus na polícia federal para passar informações ao filho dele, Fernando Sarney, sobre o andamento de seu inquérito na justiça. Dias átras, um desembargador, também do clã dos Sarney, já havia proibido (isto mesmo, censurado!) o jornal Estado de São Paulo para que não divulgasse informações da operação Boi Barrica.

Tarso Genro tenta defender a PF: à quem interessa tanta informação oculta?

Ora pois, se até na PF os políticos conseguem plantar informantes, como acreditar que as investigações sobre as denúncias estejam isentas de pré-julgamento, e não sirvam aos própositos e interesses pessoais de 'alguns'?... Fica evidentemente claro um descrédito nesta instituição.

O ministro Tarso Genro tratou de isentar a PF de qualquer culpa pelos vazamentos das gravações telefônicas mas, a menos que ele responsabilize alguem e com provas, eu continuo a crer que este fato serve apenas para jogar uma cortina de fumaça em assuntos mais relevantes, e que o governo deseja manter fora do foco da imprensa e do povo. Ou seja, neste caso, Sarney estaria sendo usado apenas como o bode da vez.

5 Comentários:

Éverton Vidal disse...

Neste momento eu estou mais por dentro do que ocorre em Honduras do que as politicagens do Brasil. Nessa hora o Sakuxeio é essencial rs.
Abraço.

Carlos Emerson Junior disse...

Operação Boi Barrica... é cada nome! Quando o Tarso Genro assumiu a pasta da Justiça, o César Maia fez uma gritaria lá no Rio dizendo que ele ia transformar aquilo numa espécie de KGB petista ou coisa que o valha.
A princípio achei exagero, já que o Tarso, por mais petista que seja, tinha feito um bom governo na prefeitura de Porto Alegre. Mas, diante do que vem acontecendo...
Um abração.

Valdeir Almeida disse...

Um "Bode" com poder de coronel, diga-se de passagem.

Sinceramente, meu amigo, não creio mais em ninguém do Palácio do Planalto ou do Congresso.

Abraços e boa semana.

Valdeir Almeida disse...

Neto,

Quando escrevi o comentário acima, eu estava concordando com você. O que fiz, foi acrescentar minha opinião em relação à política brasileira.

Isso não significa que eu não me interesse por política. Eu tento ser politizado, o que tento não ser é partidário.

Meu amigo, gosto do seu blog e acho que você deve, sim, continuar a fazer observações sobre o tema "política". Isso demonstra sua visão crítica a respeito das coisas. Por isso, continuarei a fazer comentários por aqui.

Abraços.

Fábio Mayer disse...

Estou convencido que é uma tentativa do PT em forçar uma reforma constitucional e acabar com o Senado.

Porque se não fosse, ontem Mercadante teria partido em defesa de Pedro SImon, coisa que não teve coragem de fazer.

A choradeira do PT que se diz autêntico é apenas parte milimetricamente orquestrada do plano de desmoralizar completamente o Senado e facilitar que a opinião pública o despreze.

Sem o Senado e mantida a proporção política de hoje na câmara, o governo DIlma (ou mesmo Lula) poderpá fazer as alterações constitucionais que quiser sem grande resistência.

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