Perdigão e Sadia: E nasceu a Brasil Foods...

A união da Perdigão com a Sadia criou a Brasil Foods. Não apenas a 3ª maior exportadora do país, mas também a maior empresa processadora de carnes de frango do mundo. Isto é ótimo. Depois do relativo sucesso da Ambev e do Itaú com o Unibanco, as fusões de empresas tornaram-se realmente uma alternativa, e uma tendencia em um mercado globalizado e altamente competitivo. Do ponto de vista financeiro - de quem tinha ações da Perdigão como eu, e já conhecia a alta dívida da Sadia - a estratégia foi mesmo boa para ambas. Juntas, elas conquistam maior market share.

Perdigão e Sadia se unem e criam a BRFoods
Agora é esperar a oferta pública de ações da Brasil Foods que deverá sair em julho. Como tenho ativos da Perdigão em minha carteira, pretendo adquirir... Afinal, vejo com bons olhos o futuro dessa mais nova empresa brazuca ;-)

3 Comentários:

Fábio Mayer disse...

Não acho ótimo.

A Sadia comprou a Ceval, a Perdigão comprou a Batavo, e assim suvessivamente. O Brasil só terá a partir disso, UMA empresa processadora de alimentos dessa natureza.

Um comprador de uma destas empresas certa feita disse para um cliente meu que a função dele era apertar o fornecedor para conseguir os melhores preços para a gigante onde trabalhava, nem que para isso tivesse que levar o fornecedor a falência, coisa que acontecia comumente e era motivo até de festa no departamento dele.

Agora, a BR Foods vai demitir milhares de pessoas e destruir pequenos empresários pelos país afora com uma política de ou vende pelo preço que queremos (pouco nos lixamos pros seus custos) ou temos 90% do mercado e não venderá para mais ninguém!

Isso aconteceu com a AMBEV, e acontecerá com a BRFoods. Ao contrário de uma fusão bancária, uma fusão no setor produtivo pode agregar capital e gerar mais lucro, mas não gera mais segurança num país, pelo contrário, tende a causar inflação, razão pela qual, nos países sérios, as leis anti-truste e os órgãos de preservação da concorrência funcionam e limitam fusões a uma parcela do mercado controlado pelas envolvidas.

Abraão disse...

Não concordei com essa fusão. Acho que haverá monopólio produtivo no setor. Em se tratando de mercado (o financeiro) pode ter sido algo bom para acionistas e investidores, mas em se tratando de mercado produtivo (o de maior demanda) pode ter sido ruim.

Pelo menos, a fusão ainda terá que passar pelo CADE...

Eliza disse...

Discordo completamente desse texto.

E até acho um absurdo dizer que a fusão entre essas duas empresas se compara a de bancos. No caso do itaú com o unibanco não foi criada uma nova empresa. E são setores relacionados ao sistema financeiro.

Acredito sim que haverá muitas demissões com essa fusão, pois o que está se criando é um monopólio. E não uma nova empresa.

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