Parece-me uma visão irreal alimentar a expectativa de que o futuro presidente dos EUA, Barack Obama, vá condenar a reação de Israel aos ataques na Faixa de Gaza, que visam derrubar o grupo radical político Hamas.
E digo isso porque, é bom lembrar, em Julho de 2008, quando ainda era candidato à presidência dos EUA, o senador Obama esteve na cidade de Sderot (Israel) - alvo frequente dos mísseis do Hamas - e declarou textualmente: "se alguem lançasse misséis sobre minha casa, onde minhas duas filhas dormem todas as noites, faria tudo que estivesse em meu poder para que isso acabasse".
Uma declaração que pode até ser interpretada como estímulo, ou apoio para que Israel intensifique suas ações de guerra naquela região. Se foi retórica política dele ou não, nunca se sabe.
Para quase todo o mundo, Obama personifica o "bem" à frente do governo norte-americano contrapondo-se ao "mal" (George W. Bush), porém não seria nenhuma surpresa se a política externa dos EUA mudasse em relação a esse conflito. Afinal, 'políticas' mudam constantemente, do dia para noite.
Em vários países há manifestações de protesto contra os desproporcionais ataques feitos pelas forças israelenses em Gaza. Os mortos já passam dos 500. A ONU, que para mim, não passa de um órgão de "ficção jurídica em política internacional" desrespeitada desde a invasão do Iraque, também já condenou os ataques. Apesar de tudo isso, eu acredito (e espero) que Obama, em sua decisão, lute.
Para conseguir, ao menos, das duas partes em guerra o que hoje parece impossível de se obter: a paz e a demarcação de territórios entre israelenses e palestinos.
E tente isso pacificamente, mesmo que os EUA esteja envolvido com sérios problemas, como no Iraque e Afeganistão.
4 Comentários:
Israel é um parceiro militar e econômico dos EUA, por razões várias que transcendem a gravíssima questão entre judeus e palestinos.
Obama pode até pedir para Israel amenizar as retaliações e tomar mais cuidado com os moradores civis da faixa de Gaza e da Cisjordãnia, mas jamais vai ficar totalmente contra as decisões de Tel Al Viv.
A força aérea israelense conta com algo em torno de 700 aeronaves de combate, TODAS americanas. Você acha que os EUA abrirão mão de um mercado cativo militar como este? Nunca...
Banqueiros americamos tem interesses em Israel, vez que a maioria dos antigos donos de bancos americanos eram judeus e contribuiram para a fundação do país.
Israel possibilita aos EUA ter uma base de apoio militar para operações na Ásia e principalmente no Oriente Médio.
O país também funciona como entreposto comercial norte-americano.
Muitos parlamentares americanos, de origem judaica, condicionam apoios aos projetos do Executivo, à preservação de certos interesses israelenses.
Enfim, Obama pode até mudar um pouco a política em relação ao Estado de Israel, mas de modo tímido, nada revolucionário, como algumas pessoas podem pensar.
Empresas americanas de tecnologia tem grandes interesses em Israel
Ola Neto!
Creio que esteja certo. Acho que pelo ocorrido no governo Bush, o proximo presidente tem que tomar cuidado com problemas na casa alheia, pra não se tornar o diabo de uma guerra santa.
Um abração
Fala Neto. É o seguinte, uma amiga blogueira me convidou para um meme, e estou aqui pra te convidar a participar. Dá uma passada lá pra conferir. Um abraço!
É fogo. EU sou um desses que deposita algumas expectativas no Obama. Espero sim que ele ao menos faça diminuir as retaliações. Mas sei que cmo defensor dos interesses de Israel, não se pode esperar tanto assim dele.
Para mim, Israel é o ocupante que se faz de vítima. Não apoio o terrismo, mas uma convivência pacífica, coisa que ainda está muito longe de se concretizar.
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