Está em curso um projeto que prevê uma blindagem para os escritórios de advocacia.
O Fábio Mayer escreveu um artigo muito esclarecedor sobre esse assunto, evocando que tudo é mais um bafáfá da mídia. Mas eu também vou emitir minha opinião.
Se acreditarmos que vivemos em uma democracia e que existem direitos iguais para todos (e essa idéia não morrer na casca como toda conversa existente no país) trata-se de um pleito legítimo.
Porém, como já há evidências de que a democracia no Brasil não tem 'essa força toda', eu não acho que deva haver privilégios para ninguem e nem sequer para classe alguma.
Se minha casa pode ser vistoriada, os escritórios de advocacia também podem.
No Brasil, nós temos que acabar é, com toda e qualquer forma que 'algumas pessoas' tem de atribuir à uma determinada classe 'regalias diferenciadas'.
Isso não é correto, não é justo e nem mesmo democrático.
Esse projeto, em minha modesta opinião, torna-se ainda mais lamentável porque beneficiaria justamente a classe que deve zelar por direitos iguais para todos.
É claro que eu não tenho nada contra os advogados. E também não estou indo na 'onda' da mídia.
O que eu pressuponho é que, com normas como essa, apareçam ainda mais incentivos para a conhecida advocacia criminosa (essa existe sim!), e que não se pode, e nem deve, haver proteção para ela.
Quando um advogado adere a uma conduta criminosa deixa de ser advogado. Não merece nenhuma proteção constitucional e nem sequer a prerrogativa do exercício da profissão.
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