Porque é importante fazer a democratização da imprensa no Brasil

Um médico quando erra paga pelo erro. Um engenheiro quando erra paga por seu erro. Um professor quando erra também paga por esse erro. Por que um jornalista quando erra não pode pagar pelo erro? A profissão de jornalista no Brasil está acima das leis do país e, acima de qualquer suspeita? É um abuso. E é inadmissível também uma proteção exclusiva à esta profissão se ela existir. Nós não vivemos mais em uma ditadura. Não há impérios numa democracia, muito menos pessoas intocáveis.

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O que queremos neste país quando promovemos uma democratização da imprensa não é censurar ninguém. Passa longe disso. O que queremos é o fim desse monopólio da informação nas mãos de algumas poucas famílias corroendo a sociedade e a tornando desigual. O que queremos é que para um jornalista (qualquer um) exista também responsabilidade. Um cara lá, diretor numa redação obscura, que se acha um pretensioso conhecedor do mundo e do Brasil sem o ser, e oculto atrás da lei de liberdade de imprensa, pode publicar o que ele "acha que é real" como se fosse uma verdade absoluta. Ninguem irá impedi-lo disso, de escrever suas barbaridades. Mas o que ele não pode é "inventar fatos", distorcer uma informação real com a intenção clara de manipular, com o único e sagaz intuito de enganar pessoas honestas e de boa fé. Atuando como um bandido atrás de uma nobre profissão, seja para beneficiar seu grupo social ou qualquer outro deve-se convir que é um crime. E crime de altíssimo grau, tendo que receber punição por isso.

A intenção de prejudicar alguém com uma "informação falsa" ou "inventada da imaginação de alguém", e mesmo que a verdade que negue essa informação só vá ser descoberta um pouco mais tarde, ainda assim é um ato de má fê, de cinismo e de hipocrisia. E deve ser repudiado veementemente, com força por qualquer pessoa que tenha bom senso e pensamento democrático neste país. Na profissão de jornalismo, ocultar a verdade e usar a mentira para se beneficiar é um crime hediondo, tão cruel como o assassinato de crianças.

No Brasil, a chamada grande imprensa (um cartel de algumas famílias) goza do direito de não dá satisfações à sociedade por seus atos, de não dá respostas nem se desculpar com todas as pessoas cujo seus insultos, boatos, ilações e mentiras publicadas em páginas de jornais e revistas causou enorme prejuízo na reputação e depois foi constatada que não houve indícios pra culpar aquela pessoa (vide os casos Luiz Gushiken e a Escola Base). É um absurdo total. E em pleno século XI é ainda mais inadmissível. Tenho a ligeira impressão que isto só ocorre no Brasil porque a justiça aqui (o poder judiciário), quando não é covarde ou leniente, é mal informado e conivente. Os jornalistas não podem tudo. São profissionais (quando o são) como outros quaisquer. Tão sujeitos às mesmas leis que eu e você. Não podem nem devem ficar impunes quando erram. Onde está o "exemplo" Senhora Justiça? Só há "exemplos" para outras categorias?

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É por isso que sem uma regulação da mídia no país chega-se ao ponto extremo. Chega-se aquele ponto onde esses jornalistas e editorialistas se acham "acima de tudo", acima de todos, das leis, do bem e do mal, da própria nação e de sua história. Não há, lembro, não há em nenhum lugar do mundo, em país nenhum do mundo, um grupo de pessoas que não possam ser responsabilizadas por seus atos, por suas palavras e pelas consequências de matérias mentirosas publicadas. Todos nós, absolutamente todos, devemos estar sujeitos às leis do país em que vivemos. Ninguém é deus. Ninguem é intocável.

Mais uma vez, vou repetir: o que queremos não é a censura ou a mordaça como eles querem fazer crer à seus leitores para melhor lhes manipular. Eles podem - e vão continuar a - dizer o que pensam e publicar o quiserem. A diferença é que sim, poderão pagar pelo erro e pela merda que fizerem em seus jornais e revistas. Queremos apenas que haja responsabilidade na profissão. Queremos a certeza de que também serão penalizados por ofenderem a honra de alguém com suas mentiras, insinuações e sugestões mentirosas e sem nenhuma prova. A democracia é sim, meus amigos, um exercício de um crescimento saudável, tanto para os individuos, como para uma instituição, uma empresa ou a sociedade.

Queremos que as leis sejam cumpridas de fato para todos neste país, sem exceção de cor, credo, raça ou opinião. É um absurdo e um abuso alguém se apoderar (e usar) do nobre conceito da imprensa livre para se abrigar nela como bandidos, maus profissionais, que atuam em nome de um grupo ditatorial, e como se fossem os únicos e exclusivos donos da verdade. Chega de manipular informação impunemente e de zombar da cara de um povo e de uma nação. Já chega! Já basta!

As pessoas devem pagar por seus erros, sejam elas quem forem. As instituições ficam e evoluem com o tempo, os bandidos ocultos dentro dela, mesmo com o péssimo exemplo que dão, passam - e devem passar.

1 Comentários:

Galvam disse...

Embora você não esteja publicando meus comentários, já que você é a favor desse desgoverno que diariamente envergonha o país, torno a dizer que essa "democratização" da imprensa é uma tentativa descarada de cercear a liberdade de imprensa.
Nossas leis já tem artigos suficientes para punir tanto a pessoa como a entidade que publicar notícias sem fundamentos que injustamente contribuam para o desabono pessoal de quem quer que seja.
Controlar a imprensa, desarmar a população, fomentar o conflito entre classes sociais, criar nichos étnicos,falir as instituições do país, desacreditar qualquer outra forma de governo que não seja o governo central para remediar os problemas sociais, tudo isso é uma armação descarada para a "venezuelazição" do país! E claro impor a ditadura do proletariado!

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