Juiz no Brasil não se acha um Servidor Público. Se acha Deus

O juiz brasileiro considera-se a autoridade máxima e competente para dizer a verdade dos fatos que está em um processo, mas não se sente um prestador de serviço. Ele não se interessa, por exemplo, se está resolvendo problema social, se está produzindo custo social ou se sua decisão está afetando vidas humanas de forma definitiva.

Normalmente, o juiz brasileiro sente-se tão superior, mas tão superior aos outros, que parece viver em um mundo à parte. Parece estar em uma órbita celestial distante anos-luz do planeta em que vivemos. É tão prepotente e arrogante em suas decisões que eu desconfio, sinceramente, que ele não se veja como "humano".

juiz-brasil-corporativismo

Juiz no Brasil confunde prestar justiça e fazer justiça. Não é atoa que as maiores instituições de justiça no país estão distantes da população, longe dos anseios democráticos e legítimos de seu povo. E não é atoa também que as corregedorias que deveriam investigar os juízes não funcionam - "Até as pedras sabem que elas não investigam" teria dito o próprio Gilmar Mendes.

A decisão que validou o poder de investigação do CNJ foi um golpe nesta "mentalidade" dos juízes, mas ainda está longe de representar uma vitória definitiva sobre o corporativismo.

A professora Luciana Gros, da Escola de Direito da FGV (SP), disse em recente entrevista ao Valor que "só a democratização do poder é capaz de reverter a queda do prestigio das instituições no Brasil". Concordo inteiramente com ela. E torço e rezo todos os dias – já quase sem esperanças – que isto de fato aconteça.

10 Comentários:

Fábio Mayer disse...

Só existe um tipo de pessoa pior que juiz no Brasil (de regra, existem bons juízes, embora sejam minoria)... é o tipo mulher de juiz, que enfia a SUV sobre os outros carros na porta da escola do filho e ainda grita: sabe com quem tá falando???

Enquanto as pessoas continuarem a prestar concurso pelos ótimos salários (a despeito de um juiz ter declarado para VEJA semana passada que é injusto ele ganhar 24 mil enquanto diretor de multinacional ganha 80) e não por vocação, teremos esse quadro, a culpa também é do modo imbecil que são tratados os concursos, que avaliam o poder de decorar dos candidatos que passam 2 ou 3 anos só estudando para fazer a prova, o que exclui as pessoas normais e principalmente, os pobres, da disputa.

O resultado é um bando de pessoas para quem os efeitos de suas decisões é simplesmente irrelevante...

Ricardo disse...

O Fábio Mayer está correto. A raiz desse cancer está na formatação da investidura, o concurso público, nos moldes em que são feitos. Aí, só o grande cérebro decorador ou o rico conseguem êxito. As pessoas normais são excluídas. E, se o cara quer ganhar 80 mil, que vá para a iniciativa privada. Serviço Público não pode servir para enriquecer ninguém, pois caso o fosse, seria roubar o povo. A dinheirama deles é extorquida do povo, com pesados impostos.

C. disse...

Se até quem nao é juiz já se acha, imagine entao quem é... cof cof

Anônimo disse...

O Promotor acha que é Deus, e o JUIZ tem certeza

Anônimo disse...

Acredito que são capazes realmente de julgar,por isso estão lá onde muitos lutam para um dia conseguir.Mas é claro que com o respeito que todos sentem pelo mesmo,então ele está no lugar,porta como juíz e não podemos negar que são diferentes,pois a posição que ocupa já os tornam.

Anônimo disse...

Acho engraçado isso, pois o povo esquece que o trabalho do juiz é apenas julgar, não acham que estão acima de ninguém mas tem a certeza de que no final precisam dar um veredicto sobre aquele caso.
Sou uma estudante de Direito e estou no quarto ano, sou estagiária no Fórum e trabalho o dia todo perto de uma juíza e posso te dizer com toda a certeza, eles merecem cada centavo do que ganham, e não estou dizendo que não existem juízes injustos e ladrões, mas é uma besteira tamanha generalizar dessa forma.

José Lindomar disse...

Todo o servidor público deve explicações e conta dos seus afazeres, pois estão lá a serviço do povo e para cuidar do interesses dos cidadãos que pagam pesadissimos impostos, a julgar que um funcionario que ganha um salario acima de dez vezes o salário minimo e se acha nal remunerado, que saia do serviço público e vá para iniciativa privada montar seu negocio e e cobrar o que acha que lhe é devido.

Anônimo disse...

Não sou da corrente tradicionalista, nem sou a favor do positivismo, sou acadêmico público de direito e até o momento não tinha havido contato com disciplinas especificas que tratassem das funções dos juízes, bem como de sua jurisdição, complexo falar de um universo desconhecido do mundo real e popular, a culpa dessa imponência judicial cabe ao próprio estado que estabelece um mundo de desigualdades sociais, classes sociais, econômicas, culturais e intelectuais, eu mesmo sempre tive em mente ser um juiz ou um promotor desde que projetei-me no mundo jurídico, hoje vejo a distancia de pessoas comuns, vindas de escolas publicas fundamental e médio, sem nenhum preparo eficiente, em relação aos de escolas privadas excelentes, do universo jurídico, o juíz no Brasil, não é um Deus, mais a própria legislação lhe revestiu de semi-Deus: aquele que sabe, que tem o saber incontestável, incomum, que não se abriga junto aos populares por conta de investidura estatal... O concurso é próprio de um doctor, ninguém comum chegar a supremacia por não está preparado para assumir tal função, diz o Estado medíocre que não oportunizou o cidadão de direito a uma educação a altura do alcance do sonho da magistratura, portanto, a culpa não é determinante do juiz, mais do Estado que o investiu de ouro para alguns.

Anônimo disse...

O texto acima não está versando sobre a justiça ou injustiça do quanto ganham, mas da soberba exalada constantemente por membros do judiciário, que chega a dar asco de tão arrogantes que são.

Anônimo disse...

NO CASO DA AGENTE DE TRANSITO CONDENADA POR DESRESPEITAR JUIZ:

É o sujo falando do mal lavado. Juízes se acham Deus, e estes agentes de transito se acham Filho Unigênito. E quem vê pensa, e até parece, que essa agente é uma respeitadora exemplar da Lei. Só quem é parado nestas operações é que sabe da arrogância destes agentes, que chegamos a torcer para que apareça uma autoridade para prender um desses. E ai de quem tiver com o IPVA atrasado. Aí sim, você será considerado um criminoso hediondo. E se tentar argumentar com estes “agentes”, é ameaçado de prisão ou pena de morte pela “ótoridade máxima”. Ela foi condenada não por tentar fazer com que a lei fosse respeitada, como ela está tentando fazer crer, pois se assim o fosse, ela teria aplicado a multa e pronto. Mas foi arrogante julgando-se acima da lei, achando que pode desrespeitar quem quer que seja. Só que desta vez não era um pobre mortal, e sim um juíz. Essa agente é tão “arrogante” que se acha acima da Justiça, dizendo que faria tudo de novo.

Já por estar acostumada a destratar a todos, e aos motoristas como "bandidos", essa agente de transito, com muita esperteza tentou distorcer o ocorrido perante a Justiça, transformando, sua arrogancia, e desacato e desrespeito a um magistrado, em carteirada de juiz. O juiz foi bem claro, da maneira que você está me tratando eu posso te dar voz de prisão, e ela o desafiou retrucando: me prenda. E em "sentido injurioso" esta agente está usando as redes sociais com maior desrespeito ainda, chamando o juiz de inconsequente, irresponsável e outras barbáries, e pior ainda, provocando uma avalanche de impropérios à toda Justiça. Mas com certeza, o SUPREMO confirmará a condenação. EU NÃO APOIO a AGENTE e NENHUMA outra "ótoridade mássima (ou "mácima") de transito.

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