Os investidores e o mercado financeiro participam da campanha eleitoral fazendo aquilo que eles sabem: gerenciando riscos. Foi com a intenção de evitar perdas financeiras e surpresas que o setor se aproximou do ex-ministro da fazenda, Antonio Palocci, considerado por todos como homem de confiança do presidente Lula e reconhecido interlocutor da candidata do PT a presidência, Dilma Rousseff.
Os contatos de Palocci com os grandes grupos financeiros não são de hoje. Ocorrem desde a época em que ele estava na Fazenda, e cada vez mais, tornam-se frequentes, sejam com telefonemas ou encontros fechados. O que os investidores querem saber dele é simples: O que pensa e como decide a candidata Dilma Rousseff e o PT.
Palocci é um insider no governo. Está na conta dele, por exemplo, o crédito pela defesa do tripé vencedor da política econômica: política fiscal baseada em superávits primários, câmbio flutuante e regime de metas de inflação. É um engano quem pensa que Palocci é a sombra da Dilma. É mais que isso. É ele quem está treinando a ex-ministra em ser politicamente correta. E dado seu alto grau de confiança ele é tido como 'quase um parente' da candidata.
O maior receio dos investidores atualmente é porque eles ainda não sabem se Dilma, caso eleita, terá idéias radicais como mostra sua biografia, se saberá compor com o congresso ou se será dirigida pelo PT. "Palocci é um bom professor, mas bom professor não garante nota boa na prova" dizia um deles. Como resposta, Palocci lembra que Lula também era assim como Dilma é hoje no início do governo.
A verdade é que, para os investidores, a presença de Palocci ao lado dela é a garantia de que tudo continuará fluindo e correndo bem. E assim, eles agradecem.
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