A web está acabando com os jornais impressos: qual a verdade?

As circulação e as vendas de jornais impressos já não é mais a mesma. Eles estão perdendo muitos leitores rapidamente e, algumas pessoas, estão culpando a internet por isso.

O fim dos jornais está próximo

Ora, desde a década de 70 que os jornais impressos já vinham em declínio (naquela época, o noticiário na TV era um dos motivos). Hoje, sites como o New York Times e o Washington Post tem mais audiência e assinaturas online do que os próprios jornais em si. Com a chegada do Iphone da Apple e do Kindle da Amazon, mais e mais pessoas leem livros e notícias em ebooks e celulares, virtualmente. E há um estudo nos EUA que indica que os jovens estão lendo mais, mas onde? Na Net, claro. Aqui no Brasil, a coisa não anda diferente. A tendência é todo mundo ir para a web.

Mas será mesmo que a web é a culpada por enterrar o jornal impresso? Sinceramente, eu acho que não.

Quem lê um jornal impresso hoje encontra notícias defasadas (de 3 e até 4 dias se comparado com a internet), e que mesmo sendo trechos pequenos vão direto para a lixeira do leitor. Os cadernos de informática do Estadão e da Folha são uns exemplos, só para ficar nesses casos.

Então como concorrer com os profissionais mobiles, e o twitter? E porque há esse atraso?

Falta de entusiamo, penso eu. Para mim, os jornais (e os editores de jornais) de hoje não têm senso de humor. E nem criatividade. Isso se deve às "escolas de jornalismo" e à necessidade de ser "profissional". Não vejo ninguém rir em uma redação de jornal há anos. Talvez seja por conta do conceito do 'politicamente correto', ou por causa do espírito da imprensa que precisa ser um "guardião público".

Ou pior, talvez seja porque muita gente que trabalha nos diários são um bando de fracassados, entediados e entediantes.

Que a Internet afetou os paradigmas jornalísticos afetou, isso é uma verdade mas, nada justifica. E mesmo sabendo que a web móvel a afetará ainda mais, cá entre nós, sejamos sinceros: Que há uma imensa falta de criatividade por parte dos produtores e editores dos jornais impressos, isso também há, e é uma verdade.

E não deveriam ficar somente culpando a internet por isso.

4 Comentários:

Daniel Savio disse...

Concordo contigo, pois em vez de ficarem reclamando, deviam criar atrativos para melhorar a distribuição...

Fique com Deus, menino Neto.
Um abraço.

Daniel disse...

É fato que a net fez declinar um pouco as vendagens dos jornais impressos, porém, a qualidade dos jornais (e jornalistas) está muito fraca. Tem texto novo no Sub Mundo. Um abraço.

http://submundosemmim.blogspot.com

Irene disse...

Conheci o seu blog através do Daniel Savio, ele indicou que vissemos um post sobre crack. Eu vi esse post ontem e acabei lendo outros posts do seu blog.
Vc escreve sobre coisas muito interessantes. Decidi ser seguidora e espero que minha decisão não te incomode.

Sobre o post de hj, acredito que os jornais impressos são menos e muito menos atrativos do que a leitura via net. Começando pq os jornais usam o papel que necessita do corte de centenas de arvores (e o comportamento "politicamente correto", que eles insistem em demonstrar nos textos que escrevem, termina neste exato ponto por tratar-se de um meio que não se preocupa com a preservação ambiental); a net não tem esse problema...ela achou uma solução para uma parte dos desmatamentos.
Enfim, acho que os jornais impressos tiveram seus espaços reduzidos, sim, mas isso foi bom pq cada um pode escolher de que forma quer ler: pela net ou impresso.

Prazer em conheçe-lo !

Fábio Mayer disse...

Penso que o público leitor de jornal é que está se afastando ou morrendo.

Porque jornal que se preze sempre foi e será órgão de comunicação de uma certa elite intelectual. Grandes textos, reportagens investigativas que ficam dias nas suas páginas, análises enormes sobre os assuntos, etc... é isso que caracterizou o jornal desde que ele foi criado.

Mas hoje em dia as pessoas não gostam mais de ler, porque há quem lhes desenhe a informação (TV, internet) e então os jornais adotam a estratégia de querer transportar para suas folhas esse conceito (infográficos, textos curtos, análises superficiais) de tal modo que atinge o mesmo público da internet e da TV.

Ou seja, os jornais estão descartando seu público histórico (que efetivamente é menor) para tentarem virar mídias eletrônicas, o que não é possível.

Acho que a salvação dos jornais está em buscar o publico diferenciado. Ou seja, voltar aos textos com a informação completa e sua análise, diminuir os infográficos e prezar a qualidade do texto.

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