Investidores não são patriotas

No meu post anterior sobre dinheiro e felicidade, alguns leitores entenderam e outros não, mas minha intenção, ao tocar neste assunto, era apenas revelar como pensam os grandes investidores americanos, e não porque eu compactuo com esses pensamentos. Era mostrar a todos, como esses investidores são irresponsáveis e o quanto, o mercado financeiro internacional, precisa urgentemente de uma regulação.

Seguradora AIG
Na verdade, esses megaespeculadores não estão nem aí se o seu país vai quebrar ou não. Eles não são patriotas. Eles fazem dinheiro de um jeito ou de outro. Tanto na bonança quanto na crise.

Um exemplo disso, foi o que aconteceu recentemente com a seguradora AIG: a empresa recebeu do governo, recursos públicos de U$ 173 bilhões para não falir, vindo dos contribuintes americanos e, ao invés de exonerar seus diretores (os responsáveis direto pela situação de quase falência da empresa), resolveu premiá-los com uma bonificação de U$ 165 milhões, com o dinheiro oriundo destes próprios recursos que recebeu. Essa insensatez chocou o presidente Obama e a opinião pública dos EUA. Mas, este tipo de ato, reflete bem o pensamento que tem os especuladores, e mostra igualmente, como funciona a "dialética" que rege o capitalismo.

Não importa o país. Não importam as pessoas e nem os empregos. O que importa é segurar o lucro quando a empresa vai bem, e distribuir e sociabilizar o prejuízo quando tudo vai mal, para todos.

8 Comentários:

Fábio Mayer disse...

Isso é um fato.

Grandes investidores não têm patriotismo e muito menos escrúpulos sociais, eles simplesmente querem lucrar e ponto final.

E é por isso que eles choram e dizem que o mundo vai acabar se houver maior regulamentação de suas atividades. Aliás, eles tentaram de todas as formas impedir a regulamentação bancária no Brasil anos atrás, fazendo chantagem com a cotação do dólar e lançando boatos sobre nossa economia.

Se os bancos americanos tivessem as travas que têm os brasileiros, é provável que a crise nos EUA fosse bem mais branda. Não que o sistema financeiro do Brasil esteha blindado, longe disso, mas o controle exercido pelo BACEN hoje é muito mais eficiente que o que existia durante a crise da Rússia e os tempos do PROER.

Investidor não quer só ganhar dinheiro, ele quer um sistema financeiro pouco fiscalizado também, porque isso lhes facilita operações arrojadas e arriscadas (como as que levaram ao sub-prime) e ao mesmo tempo, possibilita a garantia de intervenção do governo para salvá-los se algo der errado, vez que país nenhum pode abrir mão de um sistema financeiro.

Anônimo disse...

Os principais executivos da AIG a levaram ao buraco, mesmo assim, ganharam polpudos prêmios, alem dos altos salários que eles já tinham.
O que preocupa, nisso tudo, não é sanha dos investidores e especuladores pelo dinheiro, mas o fato do governo Obama, distribuir e dar dinheiro às empresas sem se informar sobre que tipo de companhias que estão salvando, e como são seus contratos.

Se não há controle, eu prevejo que esta crise irá piorar ainda mais e, outras empresas em quebradeira vão surgir por aí...

Cris_do_Brasil disse...

Tô começando a reconsiderar o salto de jumpee nao sei das quantas, assim vc me ensina tudinho desse assunto aí hihihihi

beijoquinha :=))

Paulo disse...

O mundo está cheio de especuladores que só se interessam pelo lucro fácil. Como dizes, tanto na desgraça de uns como na desgraça de outros.

Abraço

Anônimo disse...

Não sou anti-capitalista (pelo contrário, prefiro o capitalismo ao socialismo), mas isso esse comportamento dos investidores parece ser típico de um mercado globalizado.

No entanto, foi essa característica que fez o mundo entrar na maior crise de sua história. Por isso, os investidores têm que "se curar" deste individualismo e arrogância.

Concordo plenamente com sua abordagem, J. Neto.

Abraços.

Cristiane Marino disse...

Olá!

Indiquei um selo para seu blog, fique a vontade para pegá-lo, mas sinta-se homenageado por mim essa é a intenção ok?

beijos

Anônimo disse...

Neto,
O capitalismo neo-liberal é isso. Cada um por si e venha a nós o vosso reino. Não há como deixar o Estado sem participar no privado. O escandaloso caso da AIG já rendeu alguns frutos. A repercussão negativa foi tão grande que o presidente da empresa( que agora só detem 20%,80% é do Estado)já veio a público dizer que o dinheiro será devolvido, e parece até que alguns executivos, individualmente, vão repor o dinheiro recebido.
Mas, noves fora tudo, quem tem dinheiro, cada vez quer mais, e creio que nada poderá frear a ganãncia dos insaciáveis de Wall Street e adjacências globais.
Abraços,
Odette

Newdelia disse...

Oiêee!
Vim matar a saudade.
O blog está demaaaaaaaaaais!
E qto ao capitalismo, como tudo é cíclico só uma boa desarranjada para a deixar a casa em ordem. Sempre foi assim. Os valores vão e voltam e no capitalismo também. A coisa estava meia sem controle. Tanto o capitalismo como a crise são um mal necessário.
Beijocas.

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