"Na casa de Joana*, 49 anos, mãe de 3 filhos, a história se repete. O primeiro bebê, ela pariu quando tinha apenas 13 anos. Hoje, suas duas filhas Julia, de 14, e Maria, de 15, esperam ao mesmo tempo seus primeiros rebentos. A irmã delas, Raíssa, com 17, já embala uma filha de seis meses. É uma família inteira de meninas-mães. Duas gerações que desistiram da escola para cuidar dos bebês. Todas elas contam que engravidaram sem planejar."
Esse relato acima faz parte da reportagem "A cidade das Meninas-Mães" publicada no DP, e mostra o que ocorre hoje na cidade de Xexéu, munícipio da mata sul em Pernambuco. Independente de ser nesta cidade, o fato é que a gravidez precoce de meninas na faixa de 13, 14, 15 anos de idade é recorrente pelo Brasil. São muitas as meninas que engravidam cedo e não tem nenhum tipo de orientação ou prevenção. Quais são as explicações para tantos casos de gravidez como esses?
Muitos falam em pouca instrução, outros falam em falta de apoio familiar, e outros lembram até o período da colonização no Brasil, mas a verdade é que a questão é preocupante e o fato é grave. Não basta apenas educar ou criar programas de saúde da família. É preciso dar prioridade às crianças e adolescentes que são vítimas desses abusos sexuais.
Segundo pesquisa realizada pelo Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos, os maiores casos são registrados no Nordeste e, a falta de estrutura psicológica nas famílias, o abandono e as carências também levam à dramas como esses. Outro aspecto interessante da pesquisa foi notar que, adolescentes que tem um percurso escolar normal e regular, adiam a gravidez.
Muita coisa ainda precisa ser feita para que esse quadro mude (ou não prospere) é verdade, mas todos, psicólogos e professores, já concordam em um ponto: é preciso orientar e instruir bem as crianças. Porém, as mães, principalmente estas, tambem precisam de apoio, muito apoio.
*Joana é um nome fictício.
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