A reforma do mercado de Cavaleiro sai ou não sai?

Em muitos lugares do Brasil e no mundo, os mercados públicos são verdadeiros pontos turísticos. É um espaço bem cuidado, com várias opções de frutas e verduras, além de uma gastronomia de dar água na boca nos visitantes, da mais popular a refinada. O que ocorre aqui no mercado de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes, é o oposto disso tudo.

O mercado de Cavaleiro, localizado em Jaboatão dos Guararapes, completou 30 anos em outubro (2010) e espera há mais de três por um projeto de revitalização que nunca saiu do papel. Nesta terça feira, foi publicado do Diário Oficial do Estado uma nova licitação para contratar a empresa que executará as obras no centro comercial, e fará a urbanização em seu entorno.

A última proposta lançada em 2009 foi suspensa ainda no ano passado. E para quem trabalha, negocia ou anda pelo mercado, o convívio diário com a degradação do ambiente e o lixo é comum. Há mau cheiro, animais andando perto de mercadorias, esgoto a céu aberto, goteiras, buracos, fezes pelo chão, fiação exposta, gambiarras, etc. São vários os problemas existentes no local. Eu estive lá no mês passado e quando quis fazer um lanche, ao receber a comida desisti. Era mal lavada, havia muita falta de higiene e a mulher que ia me vender ainda disse que "comer aquilo ali era normal".

Agora que saiu o edital (a obra está orçada em 64,4 milhões), a expectativa dos comerciantes é grande, e a previsão é que o novo mercado seja inaugurado em 2013.

No projeto, o centro será demolido para dar lugar a outro que terá dois pavimentos com 400 vagas de estacionamentos. Haverá um sistema de climatização e sonorização, circuito interno de segurança, um auditório para 90 pessoas, área administrativa, refeitório para os funcionários e esteiras rolantes. O espaço revitalizado terá aproximadamente 33 mil metros quadrados e capacidade para abrigar cerca de 1.330 comerciantes.

No projeto, tudo é bonito. Encanta os vendedores. Mas muitos ainda não acreditam que a obra será cumprida. Ano que vem tem eleição, portanto, a pergunta é: será que desta vez a reforma do mercado sai pra valer?