A diferença de um pequeno gesto

Outro dia, li em um blog, o manifesto de uma mulher que denunciava às autoridades competentes a grande quantidade de pedintes que existia nas proximidades de sua residência. Segundo ela, os pais estavam explorando os próprios filhos, e o fato deles ficarem sentados ali na calçada estaria causando uma má impressão para o bairro e para cidade. Ela dizia que se o governo não agisse, iria expulsar os mendingos usando da força.

'Dê-me uma esmola pelo amor de Deus!'

Eu concordo que encontrar pessoas em situação de miséria absoluta em frente as nossas casas definitivamente não é lá uma cena que gostaríamos de encontrar. Porem, é necessária a compreensão de que não será através de uma atitude burocrática, seja por uma portaria, decreto ou, na pior das hipóteses, usando da força bruta que resolveremos este tipo de problema.

Algumas vezes, para mantermos nossa paz, devemos ouvir os ensinamentos do saudoso Chico Xavier, que falava o seguinte: "O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que ajudássemos as pessoas mais necessitadas, e que amássemos uns aos outros".

Sempre há um meio de resolver as coisas sem partir para a agressão. É bom pensarmos nisso.

5 Comentários:

SERFM disse...

Pois é, e onde estarão as autoridades, que só se lembram disso em época de eleições, né?

Valdeir Almeida disse...

Neto,

Certa vez - não me lembro em que lugar - o prefeito mandou retirar todos os moradores de rua de uma praça e levá-los para suas cidades de origem. Aquilo me deixou indignado e tem a ver com seu texto de hoje.

Ainda que tais pais usem os filhos para despertarem dó nas pessoas e darem esmolas a eles, vemos que essas crianças são as grandes vítimas, não é?

Abraços, meu amigo e tenha uma excelente sexta-feira.

Benito Bondoso disse...

Eu acredito que o pessoal dos "Direitos Humanos"que só defende bandido, e neste caso também o da "infância e juventude" Que também só aparece pra exigir direitos de marginais,vão pensar nestes e nas milhares de crianças inocentes que ficam na rua pedindo algo. Tá bom, sonhei.

Carlos Emerson Junior disse...

Aqui no Rio chegam ao ponto de "alugar" as crianças para pedir esmola e até roubar!

E os trouxas que pagam impostos ficam esperando providências das autoridades "competentes"...

Um abração.

Mark disse...

Para alguém querer partir para a força física nessas situações ela tem que ser muito 'tapada', isso me deu raiva.

Ótimo artigo!

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