Uma das coisas que o presidente Lula não dá a mínima é para a liturgia do cargo. Ele diz o que quer e o que pensa a qualquer hora. E alguns vezes assim, dá margens à oposição e a mídia para criticá-lo.
Numa recente entrevista, Lula afirmou que não vê motivos para os EUA continuarem os embargos a Cuba. Quando perguntou a autoridades americanas o PORQUÊ desse bloqueio, disse que não recebeu deles "uma explicação que fosse explicável" (sic).
Para mim, a "explicação explicável" é esta: Os americanos não aceitam negociar com ditadores cruéis.
Há tempos que eles têm uma posição firme em negociações com outros países. E eu não acredito que, hoje, com o novo governo de Barack Obama, tudo vá mudar tão depressa ou ser diferente.
Será que o fato de Cuba ser governado por um regime que já matou 114 mil pessoas, ser um país onde praticamente inexistem direitos humanos, ou de manter dezenas de dissidentes políticos na prisão, e ter uma população, em condição de pobreza, presa à ilha não serve como motivo ao presidente?
Então, se isso não serve, não sei mais o que serve.
Mesmo assim, se Lula ainda não vê nada errado, e considera o bloqueio uma 'insensibilidade', deveria ao menos, reservar essa opinião para si próprio.
Ou, quem sabe, ater-se um pouco mais à liturgia do cargo - em nome da sua imagem.
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