Reforma tributária e Reforma política

Pesquisa recente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco) informa que há bastante tempo o contribuinte brasileiro está pagando mais imposto do que deveria pagar, e especialmente a camada mais pobre da população.

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O estudo, que está lá no site para qualquer um ver, afirma que pessoas que ganham um salário mínimo, pagam 27% de imposto indireto. Já as que recebem, acima de 30 salários mínimos, pagam 7% na tributação indireta. Ou seja, ricos pagam menos e os pobres pagam mais. O que contribui, em tese, para o aumento da desigualdade social e, consequentemente, poderia alimentar o preconceito. A pergunta é: isso é justo?

Não, não é. Mas, infelizmente, ainda estamos longe de ter uma reforma tributária que consiga, de fato, traduzir a vontade e o bem estar do cidadão, pois antes dela precisaríamos ter uma reforma política e uma reforma administrativa. O custo Brasil é alto, crescente, e é isso o que faz com que o governo persiga recordes de arrecadação para fazer face a essa necessidade contínua. Sem uma reforma tributária não sabemos onde vamos parar.

Mas como, antes, seria necessário uma reforma política, resta saber (e perguntar) se os políticos desta nova composição no Congresso estariam mesmo dispostos a fazer essa reforma. Afinal isto é algo que, a meu ver, como foi a lei da ficha limpa, depende mais da mobilidade do povo nas ruas.

3 Comentários:

Valdeir Almeida disse...

Amigo Neto,

Sinceramente, sem mobilização da população, a reforma política não sairá (nem a tributária, consequentemente). Seja em qual legislatura for.

Abraços e ótimo final de semana.

Valdeir Almeida disse...

Neto, não se preocupe, não, eu entendi perfeitamente o que você quis dizer com o primeiro comentário no texto "Igual-Desigual".

Obrigado.

Daniel Savio disse...

Eu não diria que seja necessário procurar novas formas de arrecadações, mas sim melhor aplicar os valores daquelas que já existem...

Fique com Deus, menino Neto.
Um abraço.

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