Porque eu fui contra a abstenção do Brasil no conselho de segurança da ONU

É possível ser sensato e ser agressivo ao mesmo tempo? Sim, é possível. Desde que sejamos positivos em nossa opinião. E para fazer isso precisamos somente de conhecimentos do assunto em questão, e princípios para decidir. Não foi o que o Brasil fez no Conselho de Segurança da ONU.

FT
"Parceiros Imperfeitos" Reportagem do Financial Times sobre a visita de Obama ao Brasil

Ao explicar a abstenção na votação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a representante do Brasil disse que a resolução da ONU contra o ditador líbio, Muamar Kadafi, não iria resolver a situação daquele país, e que poderia causar danos maiores à população. Qual seria então a solução? O Brasil não apresentou nenhuma proposta concreta ou relevante.

Porém, um país grande e potencial como o Brasil - já que pleiteia um assento permanente neste mesmo Conselho - deve tomar decisões se quiser ser visto como uma grande nação. De novo: qual seria então a solução? Permitir que Kadafi que se perpetua no poder há mais de 40 anos continuasse a matar a população líbia? Não, isso não. Porque não há legitimidade em que não dialoga com o seu povo, em quem não aceita criticas ou trata seus opositores como marginais. Deveria haver outra saída.

Eu, no entanto, penso que se assistimos duas pessoas brigando, uma mais forte e outra mais fraca, e não fazemos nada para impedir, automaticamente estamos tomando partido pelo mais forte.

É omissão sim, e foi isso que o Brasil fez lá no Conselho. Reinvidicar um assento permanente acho positivo, mas antes deveríamos aprender a agir com "bom senso e agressividade" nesses organismos internacionais. O Brasil deveria ter dito "Sim" ou "Não", mas nunca abster-se. Não foi bem. Melhor fazer isso do que envergonhar o povo brasileiro.

2 Comentários:

Roberto disse...

Discordo de sua opinião. Apesar de ter legitimidade o pleito do Brasil no Conselho da ONU, ainda acho que não seria o momento. Não adiantaria nada fazer voz grossa, o país ainda não está preparado.

O Brasil é um país grande, mas ainda é muito "ingênuo" em certas questões.

m. frança disse...

Concordo. Acho que o Brasil deve sim ter um assento permanente no Conselho. Somos os únicos no mundo a saber como ensinar à outros países como ter paz e viver em Democracia.

Saco foi ver brasileiro puxando o saco e babando o ovo de Obama... eita paisim! Não aprendem mesmo!

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